Sintegração Hertzberger
No dia 15/05 foi proposta em aula uma dinâmica para que pudéssemos discutir os temas abordados no livro "Lições de Arquitetura"de Herman Hertzberger. Em 4 rodadas passamos em um local diferente da faculdade e conversamos sobre alguns capítulos do livro.
Rodada 1: Funcionalidade, flexibilidade e polivalência; Forma e usuários: o espaço da forma; Criando espaço, deixando espaço;
Os capítulos da primeira rodada de análise do livro "Lições de Arquitetura" de Herman Hertzberger evidenciam a importância e necessidade da maleabilidade das funções do espaço. Nesse sentido, os espaços devem ser planejados para que possam ser adaptados e não de forma que sejam sempre fixos em uma determinada função, podendo ter diversos usos sem que necessariamente sofram mudanças ou que perca sua identidade. O local analisado nesta primeira rodada pelo meu grupo foi a laje do 3° andar. Relacionando o lugar com os capítulos, verificamos que ele não se encaixa no conceito de polivalência, já que ele não apresenta diferentes usos. Sua única função é estrutural, pois não há acessos àquela região, deixando de lado suas possíveis competências.
Rodada 2: O Intervalo; Demarcações privadas no espaço público; Conceito de obra pública;
Na segunda rodada, os capítulos que discutimos trazem conceitos como "intervalo", sendo esse, o espaço de transição entre áreas diferentes com demarcações territoriais, trazendo um diálogo entre esses diferentes áreas e eliminando a divisão rígida que existe entre elas. Concluímos que essa área de transição é importantíssima pois pode promover um encontro entre espaço privado e espaço público, podendo ser um local que mantenha a privacidade e ao mesmo tempo usado para conversa e encontros com pessoas. O local que analisamos nesta rodada foi o espaço debaixo da escada que fica de frente do laboratório Radamés. Ele está sendo usado como depósito de escadas e de outras coisas, e não como um espaço de transição. A presença de "entulhos" nesse espaço repele as pessoas e muitas das vezes nem é notado, mesmo tendo um potencial muito grande de se desenvolver outras funções ali.
Rodada 3: Equivalência;
Na terceira rodada analisamos o espaço em frente da escola, embaixo do auditórios e conversamos sobre o conceito de "equivalência". Só há equivalência quando, em um espaço, não existe a hierarquia de importância de um elemento, ou seja, um elemento que antes era secundário pode ser o primário em uma diferente situação, e quando tal elemento pode, também, desempenhar diferentes funções dependendo da situação. No espaço examinado não há equivalência pois os únicos elementos ali presentes são os pilares. Tais elementos cumprem com sua função de sustentação e até mesmo estética, porém não são elementos que podem ser usados de diferentes formas, e sendo hierarquizados naquele espaço.
Rodada 4: O acesso público ao espaço privado;
Na quarta e última rodada discutimos um capítulo do livro em que o autor mostra que a união de elementos do interior com elementos do exterior pode trazer uma maior intimidade do público com o local. Foi destacado que, dependendo dos meios arquitetônicos selecionados, o domínio privado pode passar a ser mais acessível, e o domínio público pode passar a ser mais bem cuidado por sensibilizar as responsabilidades individuais. Relacionamos esse tema ao local escolhido para a rodada, e evidenciamos o que o autor havia dito na medida em que vimos que a falta de acesso ao espaço fez com que as pessoas não se sentissem responsáveis por ele e hoje é um local de acúmulo de coisas não utilizadas. Concluímos que se o espaço fosse de fácil acessibilidade e com elementos que nos remetessem à algo mais íntimo e convidativo, ele seria mais usado e geraria nas pessoas uma maior necessidade de cuidar dali.
Comentários
Postar um comentário